Os principais preparadores brasileiros indicam os melhores componentes para você investir seu dinheiro
Pra você que economizou uma grana, seu carro já está revisado, com pneus, suspensão e freios zerados. Sabe até em qual preparadora deixará o carro, mas ainda tem aquela dúvida: Por onde começar ? Qual equipamento compro primeiro ? Turbo ou Aspirado ? Que combustível usar, álcool ou gasolina ?
Todo mundo quer o "mais por menos", mas será que é preciso montar componentes forjados em um aspiradinho com 20 cv extras ? Ou extrair 500 cv de um motor só com um kit turbo básico e ainda fazer 12 km/l de metanol na cidade ? Pois fomos conversar com alguns dos mais conceituados preparadores do país, pra saber onde investir primeiro.
Começamos o dossiê "novatinho em veneno" por Bruno Herrera, da Herrera Motorsports: "Se você tem um orçamento limitado, até uns R$ 2 mil, por exemplo, comece com um coletor de escape dimensionado e sistema de admissão de ar. Em alguns motores multiválvulas de 1.6 litro, dá pra ganhar uns 20 cavalos com estes equipamentos" .
Para quem tem um orçamento mais generoso, ele recomenda a instalação de um kit turbo ou compressor mecânico no caso de aspirados ou um upgrade completo – turbo, intercooler, escape e programação de central eletrônica – nos turbinados de fábrica. “ Só não acredite que dá pra dobrar e até triplicar a potência sem pagar um preço. E ele é alto ! A confiabilidade reduz drasticamente. Para quem dá valor ao dinheiro, deve se controlar nessa tentativa de aproveitar tudo o que ele pode oferecer ! Não queira ter o maior “ haras “ do bairro. Cavalos de ‘ raça ‘ custam dinheiro e acarretam restrições nem sempre agradáveis “.
Rodrigo da G&R Racing, concorda com o Herrera nos componentes de entrada e lembra dos acessórios ainda pouco utilizados aqui no Brasil: “ Os volantes de motor e sistemas de embreagem mais leves transformam um carro. Principalmente os mais modernos, que tem componentes cada vez mais pesados para diminuir trancos ou aumentar a impressão de torque disponível”.
As polias de motor com relação alterada para diminuição do arrasto parasita – o consumo de potência do motor por acessórios periféricos, como ar-condicionado e direção hidráulica – também são acessórios de performance citados pelo preparador paulistano.
Nos turbinados, ele indica um sistema de escape bem dimensionado, um intercooler mais eficiente e programação do sistema de injeção. “ É a alta confiabilidade combinada com muita potência extra. Não tem erro “.
Entre as dezenas de profissionais do ramo entrevistados, foi unanimidade que o começo de tudo para se entrar no mundo da potência extra está nos sistemas de ar mais livres e frios (Filtros esportivos – sistemas de indução de ar frio) e nos conjuntos de escapes especiais com abafadores sem restrição e coletores tubulares dimensionados. As programações de injeções e os populares chips de potência também estão entre os hits de performance. Há uma forte tendência para aliviar o volante e conjunto de embreagem, principalmente nos motores mais modernos.
O fato tem explicação simples: Os componentes originais são mais pesados, portanto fica uma sensação de torque extra em baixas rotações. Outras peças bem cotadas foram as polias de motor com relação alterada (Polias reguláveis). Elas diminuem perdas por arrasto, provocadas por componentes periféricos, como direções assistidas ou ar-condicionado, acessórios muito comuns nos originais modernos.
Fonte: Revista FullPower