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Matéria | Amplificadores

A escolha do módulo ideal para cada componente, a instalação correta e a utilização de produtos de qualidade são essenciais para evitar o superaquecimento dos equipamentos e garantir a integridade do sistema.

Amplificador aquece. Isso é fato! Uns mais, outros menos, mas se houver superaquecimento, aí, sim, algo vai mal. A função dos módulos é deixar mais forte o sinal de áudio recebido da unidade principal, antes de enviá-los aos alto-falantes. Esta tarefa é realizada pelos transistores responsáveis pelo aquecimento do componente.

“Escolher o amplificador de acordo com a dimensão do sistema de som, quantidade e potência dos falantes, e com a alimentação (bateria que será utilizada), é o primeiro passo para evitar problemas. Se mantiver somente a bateria original do carro o projeto deve ter falantes mais leves, até 500W RMS no total, em um modulo proporcional a este sistema (potência 25% maior), para que haja energia suficiente para supri-lo e o conjunto toque sem distorções”, explica lázaro Lopes, da Heavy Sound, em São Paulo (SP).

É importante sempre utilizar amplificadores de marcas renomadas, que indiquem a potência real de seus equipamentos, assim como a THD (Distorção Total Harmônica) e o consumo de energia, além de oferecerem garantia e assistência técnica. “A idéia de que quanto maior amplificador, mais potência ele tem, é equivocada. Na pratica, você pode ter um modulo gigantesco com a mesma potência de outro com a metade do seu tamanho. Assim, certamente o menor é o mais eficiente, por produzir menos calor. Se não produz muito calor, consome menos energia (bateria) e apresenta menos distorção”, afirma Thelly Leandrini, da paulistana Leandrini.

De acordo com o especialista, o amplificador pode superaquecer quando: é instalado em local sem ventilação e com a tampa de acabamento (dissipador de calor) para baixo; falta energia para alimentá-lo (bateria descarregada ou instalação inadequada); a impedância dos alto-falantes é menor do que a recomendada pelo fabricante do amplificador (usar falante de 2Ohms quando se pede o mínimo de 4 Ohms, por exemplo); ou ganho e cortes de freqüência regulados inadequadamente (pode haver sobrecarga).

Fios e cabos também são itens essenciais para manter a integridade do sistema. O conjunto deve ser conectado com cabos de boa qualidade e com bitolas apropriadas.

“Geralmente, os bons amplificadores têm proteções térmica, contra baixa impedância e curto-circuito. Se esses dispositivos forem muito exigidos, podem falhar e os danos causados podem ser irreparáveis, tanto no amplificador quanto nos alto-falantes”, destaca Thelly. Uma dica: se você tem um subwoofer de 500W RMS, por exemplo, opte por um módulo com, pelo menos, 25% a mais de potência – 625W RMS. Dessa forma, o ampli trabalha sem saturar.

Em dias quentes, a carcaça do amplificador pode atingir 50ºC, mesmo quando desligado. Ao ligar o som, o equipamento produz mais calor e, se tiver proteção contra altas temperaturas, vai desligar e só volta a funcionar quando a temperatura cair. Se não tiver esta proteção, ele vai tocar até “derreter”.

Para ter um som com boa qualidade, Thelly recomenda, ainda, adotar sempre a mesma marca de equipamentos, caso o sistema necessite de mais de um componente. “Isso evita diferenças de linearidade do som, ou seja, diferenças na resposta de freqüência aplicadas em diferentes níveis de volume. A música devera tocar com a mesma qualidade do volume mínimo ao Maximo.“No caso de amplis estéreos, outra medida é adotar controles de ganho e crossover independentes para cada par de canal.

Portanto, para garantir todos esses procedimentos, antes de montar o sistema de som do seu carro, consulte um profissional especializado. Assim, evitará a sua “cabeça quente”.


Fonte: Revista Fullpower

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