Criada para acomodar subwoofers com potências distintas, a caixa acústica palhetada promete aproveitar toda a eficiência do falante. Será mesmo que ela tem esse poder milagroso ?
Músico com o ouvido apurado, o paulistano Nelson Silveira Junior sempre foi exigente com relação à qualidade do sistema sonoro, inclusive quando o assunto era o som automotivo. De acordo com ele, o principal obstáculo para ter uma sonorização forte e com alta qualidade – especialmente para os graves – era ficar “preso” aos profissionais da área, para o desenvolvimento de um projeto sob medida. Geralmente estes trabalhos levam dias para serem executados e o investimento é alto.
“Cada tipo de sub, de acordo com sua potência, exige um tamanho de caixa acústica específico para trabalhar. Então, quanto maior a potência, maior deve ser a litragem ou volume da caixa para extrair o máximo desempenho do equipamento. Estas caixas normalmente são feitas sob medida, também levando em conta o porta-malas onde será instalada. Se você troca o sub ou o carro, precisa fazer uma nova caixa”, explica Nelson.
O músico reuniu, então, um grupo de amigos, engenheiros acústicos, para criar uma caixa que acomodasse falantes com vários níveis de potência e pudesse ser colocada em todos os veículos. Após cinco anos de estudos, surgiu a caixa acústica palhetada, patenteada em 2006 pela Nelsom, empresa dirigida pelo músico.
Este produto consiste em uma câmara para acomodação do sub, uma “parede” formada por palhetas e uma segunda câmara atrás das palhetas, além de dutos com saídas na parte frontal da caixa. “O diferencial é que se ajusta a qualquer falante e evita distorções. O ar deslocado pelas ondas sonoras passa pelas palhetas e, da segunda câmara, é enviado para fora pelos dutos. A inclinação da tampa traseira garante que a freqüência seja direcionada aos dutos”, explica Nelson.
Segundo ele, a diferença entre essas caixas é a largura da palheta e a espessura da madeira utilizada nesta “parede”, dependendo da potência do falante. Ou seja, quanto maior a potência, mais espessa será a madeira e maiores serão as palhetas. “Entre as vantagens, este sistema evita reverberação, pois a freqüência passa para a segunda câmara e não volta de encontro ao falante. Além disso, câmara e palhetas têm a função de adequar a caixa às especificações do sub”, garante o músico. Desvantagem: não é personalizada para veículo algum, deve-se fazer alguma “amarração” no porta malas para não ficar solta e rouba um belo espaço do compartimento, no caso da caixa dupla.
As caixas palhetadas são encontradas para subs de 8”, 10”, 12” e 15”, com espaço para um ou dois falantes, em lojas especializadas em som e eletrônica. Os preços variam devido à inclusão do serviço de instalação, mas a meia fica em R$ 150. É o fast-food das caixas dutadas: vai um grave rapidinho ou um projeto exclusivo, com calma ?!
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